nunca vi pessoa pra começar tanta coisa e deixar pela metade como eu.
[a ser exemplificado por este blog itself]
em perspectiva, desde o meu terceiro ano científico, quando o mundo virou de cabeça pra baixo e eu tinha que decidir o que eu ia ser pro resto da minha vida de pessoa responsável, ortogonal, convencional e previsível [é de chocar a quantidade de pessoas que concordavam com o fato de que invariavelmente eu me tornaria uma cientista químico-quântica-físico-matemática-biomolecular da nasa.]
só eu que não sabia o que eu queria. e pense numa certeza desejada. daquelas com as quais você sonha desde pivete. sabe o povo que se envisiona sendo médico, ou bailarina, ou piloto de avião, ou observador de passarinhos...? nope. nunca consegui enxergar nada. só via uma menina viajando pra bem longe, pra mil lugares, fazendo cursos, terminando um doutourado... em quê, mesmo? menor idéia. nunca, remotamente, ever. ou talvez tenha se apagado da minha mente. talvez meus amigos mais próximos daquele passado distante possam me ajudara lembrar se eu cheguei a dizer alguma coisa. eu mesma não lembro at all.
o que se seguiu foi um curso de engenharia [abandonado], um de economia [trancado], outro de administração [que nao passou nem do primeiro mês]... sem contar com idas e vindas ao francês, aqueles 20 livros que tão na minha cabeceira, entradas e saídas de aprendizados musicais e mil outras pequenas coisas que foram e vieram, e de vez em quando voltam de novo.
é fogo. aí bate essa agonia de quem não deu muita continuidade às obrigações e obrigatoriedades da vida. se bem que: no meio do caminho eu encontrei uma linha mestra que vem me levando - melhor, que eu vou amando e seguindo e construindo sem piscar. nem questionar. olha só. será que não tá na hora de adicionar cimento ao reboco? hahaha. é verdade, uma vez um amigo meu me disse que eu havia dito uma vez que seria feliz se passasse a vida cantando. eu estou sendo feliz.
acho que vou quebrar o círculo. continuar o blog, voltar pro francês, terminar os livros, escrever mais história, e quem sabe, dar uma identidade àquele doutourado - ela bem que já existe.
por enquanto, eu posso dizer que já viajei pra bem longe dentro de mim [mais so que se eu tivesse me tornado a mais esdrúxula cientista do mundo, tendo ido pra todas as ilhas da micronésia...] e que essa gota dessa ciência da vida é a minha paixão - mesmo que meio que pulada de galho em galho por vezes [hey! eu dei uma atenção especial a cada um deles]. nada que me impeça de ter o ideal lá de cima. ele só vai tar vestido de forma totalmente oposta à [inexistente mas influenciada] roupagem original.
yey! how 'bout this? o blog tá continuando. vou dar o chutão de impulso no resto. singin' along the way - and happy.
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